
Com o alargamento da cidade, muitos desses espaços de vivência tendem a tornar-se espécies de “ilhas”, ligadas entre si por vias de circulação rápida, meros meios de ir de um lugar a outro.
Exemplo disso são os túneis rodoviários: lugares não habitados, não vividos, simbolicamente esvaziados, que permitem a rápida deslocação de um ponto a outro da cidade. E mesmo quando o espaço à superfície é intensamente vivido, o utilizador do túnel passa por ele indiferente, sem o ver.
Composta por fragmentos, a cidade contemporânea não se deixa percepcionar como um todo. Não se dá a ver de um só olhar, apresenta-nos segmentos, pontos de vista. É uma realidade de tal forma complexa que até mesmo uma visão total de um dos seus segmentos apenas será possível por artificio.
Cada díptico SOLO/subSOLO procura restabelecer a unidade da cidade.